"Se nada nos salva da morte, que o amor nos salve da vida."

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Preciso de ti

Preciso de ti
Distante de ti, Senhor
Não posso viver
Não vale a pena existir
Escuta o meu clamor
Mais que o ar que eu respiro
Preciso de ti
Não posso esquecer
O que fizeste por mim
Como alto é o céu
Tua misericórdia é sem fim
Como um pai
Se compadece dos filhos
Assim tu me amas
Afasta as minhas
Transgressões Preciso de ti
Distante de ti, Senhor...
E as lutas vem tentando me afastar de ti
Frieza e escuridão procuram me cegar
Mas, eu não vou desistir
Ajuda-me, Senhor
Eu quero permanecerContigo até o fim.



sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Lembranças

A maioria dos nossos tormentos não vem de fora, está alojada na nossa mente, cravada na nossa memória. Nossa sanidade (ou insanidade) se deve basicamente à maneira como nossas lembranças são assimiladas. "As pessoas procuram tratamento psicanalítico porque o modo como estão lembrando não as libera para esquecer". Frase do psicanalista Adam Phillips, publicada no livro "O flerte".
Como é que não pensamos nisso antes? O que nos impede de ir em frente é uma lembrança mal lembrada que nos acorrenta no passado, estanca o tempo, não permite avanço. A gente implora a Deus para que nos ajude a esquecer um amor, uma experiência ruim, uma frase que nos feriu, quando na verdade não é esquecer que precisamos: é lembrar corretamente. Aí, sim: lembrando como se deve, a ânsia por esquecimento poderá até ser dispensada, não precisaremos esquecer de mais nada. E, não precisando, vai ver até esqueceremos.

Ah, se tudo fosse assim tão simples. De qualquer maneira, já é um alento entender as razões que nos deixam tão obcecados, tristes, inquietos. São as tais lembranças mal lembradas.

Você fez 5 anos, sonhava ganhar a primeira bicicleta, seu pai foi viajar e esqueceu. Uma amiga íntima, que conhecia todos os seus segredos, roubou seu namorado. Sua mãe é fria, distante, e percebe-se que ela prefere disparadamente sua irmã mais nova. E aquele amor? Quanta mágoa, quanta decepção, quanto tempo investido à toa, e você não esquece - passaram-se anos e você, droga, não esquece.

Essas situações viram lembranças, e essas lembranças vão se infiltrando e ganhando forma, força e tamanho, e daqui a pouco nem sabemos mais se elas seguem condizentes com o fato ocorrido ou se evoluíram para algo completamente alheio à realidade. Nossa percepção nunca é 100% confiável.

O menino de 5 anos superdimensionou uma ausência que foi emergencial, não proposital.

Você nem gostava tanto assim daquele namorado que sua amiga surrupiou (aliás, eles estão casados até hoje, não foi um capricho dela).

Sua mãe tratava as filhas de modo diferenciado porque cada filho é de um modo, cada um exige uma demanda de carinho e atenção diferente, o dia que você tiver filhos vai entender que isso não é desamor.

E aquele cara perturba seu sono até hoje porque você segue idealizando o sujeito, recusa-se a acreditar que o amor vem e passa. Tudo parecia tão perfeito, ele era o tal príncipe do cavalo branco sem tirar nem pôr. Ajuste o foco: o coitado foi apenas o ser humano que cruzou sua vida quando você estava num momento de carência extrema. Libere-o desta fatura.

São exemplos simplistas e inventados, não sou do ramo. Mas Adam Philips é, e me parece que ele tem razão. Nossas lembranças do passado precisam de eixo, correção de rota, dimensão exata, avaliação fria - pena que nada disso seja fácil. Costumamos lembrar com fúria, saudade, vergonha, lembramos com gosto pelo épico e pelo exagero. Sorte de quem lembra direito.

(texto de Martha Medeiros - jornal O Globo, de 17/abril/2005) 

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012



Conheço seus olhos ao sol da manhã

Sinto você tocar minha mão debaixo da chuva
E no instante em que você se afasta de mim
Quero tê-la novamente em meus braços

E você vem até mim numa brisa de verâo
Mantém-me no calor de seu amor depois, sai suavemente
E é pra mim que você precisa que mostrar
Como é profundo o seu amor

Como é profundo o seu amor, como é profundo o seu amor
Eu realmente preciso descobrir
Pois vivemos num mundo de tolos
Que nos destroem
Quando todos deveriam nos deixar em paz
Nós pertencemos um ao outro

Acredito em você
Você conhece a porta da minha alma
Você é a luz na minha mais profunda escuridão
Você é a minha salvadora quando eu caio

E não deve pensar
Que me importo com você
Quando sabe, no fundo,que realmente me importo
E é pra mim que você tem que mostrar
Como é profundo o seu amor

Como é profundo o seu amor, como é profundo o seu amor
Eu realmente preciso descobrir
Pois vivemos num mundo de tolos
Que nos destroem
Quando todos deveriam nos deixar em paz
Nós pertencemos um ao outro

E você vem até mim numa brisa de verâo
Mantém-me no calor de seu amor depois, sai suavemente
E é pra mim que você precisa que mostrar
Como é profundo o seu amor

Como é profundo o seu amor, como é profundo o seu amor
Eu realmente preciso descobrir
Pois vivemos num mundo de tolos
Que nos destroem
Quando todos deveriam nos deixar em paz
Nós pertencemos um ao outro

Como é profundo o seu amor, como é profundo o seu amor
Eu realmente preciso descobrir
Pois vivemos num mundo de tolos
Que nos destroem
Quando todos deveriam nos deixar em paz
Nós pertencemos um ao outro

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Luz que me traz paz