"Se nada nos salva da morte, que o amor nos salve da vida."

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

O amor acaba, mas nem sempre termina

Sim, o amor acaba, é do jogo, mas muita gente se avexa, numa azáfama dos diabos, querendo se jogar do abismo ainda a léguas do despenhadeiro.
O amor acaba, mas tem sempre um “chorinho”, como do generoso garçom no nosso uísque.
O mundo anda muito impaciente com as complicações amorosas, como se fosse fácil juntar duas criaturas sob as mesmas telhas da rotina.
É preciso estar preparado(a) para as goteiras, para a hora em que o amor vaza ou pinga no chão da casa e não há balde ou rodo que dê jeito.
No que vos conto, sob a desculpa do encorajamento coletivo, afinal de contas animar a vida besta também é papel de um cronista-fabulista:
E quando imaginávamos que estava tudo acabado, que amor não mais havia, que tinha ido tudo para as cucuias, que o fogo estava morto, que o amor era apenas uma assombração do Recife Antigo…
Quando já dizíamos, a uma só voz, a crônica de Paulo Mendes Campos que repito ao infinitum:
“Às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba…”
Quando já separávamos, olhos marejados, os livros e os discos…
Quando mirávamos, no mesmo instante, a nossa foto feliz no porta-retratos…
Quando não tínhamos nem mais ânimo para as clássicas D.R´s –as mitológicas discussões de relação…
Ave, palavra, até o gato, nervoso, sem saber com quem ficaria, quebrava coisas dentro de casa àquela altura; o papagaio blasfemava, diabo verde!
Estava na cara, naquela fantástica zoologia amorosa: aqueles pombinhos já eram.
O cheiro do fim tomara todos os cômodos, a rua, o quarteirão, o bairro, a cidade, o mundo…
Quando só restava cantar uma música de fossa… “Aquela aliança você pode empenhar ou derreter…”
Quando só restava a impressão de que eu já vou tarde…
Quando só restava Leonardo Cohen (foto) no iphone da moça moderna…
Quando eu não era mais o cara, embora insistisse em cantar o “I´m your man” deste mesmo trovador canadense…
Sim, o quadro era triste, não se tratava de hipérbole ou demão de tintas gregas.
De tanta inércia, faltava até força para que houvesse a separação física, faltava força para arrumar as malas, pegar as escovas, contar aos chegados comuns, tomar um porre.
Ah, amigo, quer saber quem bateu o ponto final da história?
Ela, claro, você acha que homem tem coragem para acabar qualquer coisa? Mulher é ponto final; homem ponto e vírgula, reticências, atalhos, barrigas de palavras, verbos e orações.
O estranho é que ela não disse, em nenhum momento, que não gostava mais do pobre mancebo.
Aquilo encucava. Porque um homem,  disse o velho Antonio Maria, padrinho sentimental deste cronista, nunca se conforma em separar-se sem ouvir bem direitinho, no mínimo quinhentas vezes, que a mulher não gosta mais dele, por que e por causa de quem etc etc, a longuíssima milonga do adiós.
E nesse clima de fim sem fim as folhinhas outonais do calendário foram despencando sobre a relva fresca do desgosto.
Eu acabara de levantar do amigo sofá, que havia se transformado no meu leito, quando ela passou com uma cara de impaciência e desassossego.
Mais que isso: ela estava com vontade de matar gente!
Era a cara que fazia quando estava faminta. Sabe mulher que fica louca quando a fome aperta e a angústia da existência vocifera pelos barulhos do estômago?
Vi aquela cena e caí na gargalhada. A princípio ela estranhou… Mas sacou tudo e danou-se a morrer de rir igualmente. Nos abraçamos e rimos e rimos e rimos e rimos daquilo tudo, rimos da nossa fraqueza em não dar uns nós nos clichês, inclusive o da volta por cima, rimos do nosso silêncio sem sentido, rimos desses casais que se separam logo na primeira crise, rimos da falta de forças para enfrentar os maus bocados, rimos, rimos, rimos.
Rimos da preguiça sentimental da humanidade e nos esbagaçamos de amor no chão da sala mesmo.
E um casal que ainda ri junto tem muita lenha verde para gastar na vida e fazer cuscuz com carneiro e outros banquetes nada platônicos movidos a bagaceiras, alentejanos sagrados e salineiras aguardentes.
Agora ela está deitada, linda, cheirosa, gostosa, psiu!, silêncio, ela dorme enquanto escrevo essa crônica!

POR XICOSA

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Estar apaixonado é como estar drogado, muitos sintomas físicos são os mesmos, você se

 sente bem, é uma explosão energética, o corpo envia sinais de que aquela pessoa de

 alguma forma pode mudar sua vida. Você fica levinho depois de beijos longos, sente todo

 carinho ao encostar mão na mão, o silêncio lhe fala
.
Você passa então a reparar em tudo, como é que ele beija, como lhe dá a mão, qual a

 expressão do olhar ao lhe falar, como movimenta as mãos, como a abraça?

Como ele cuida de você, ele fica nervoso quando te vê, ele sente sua falta, ele é gentil, fica

 sorridente, fica carinhoso, sente ciumes bobo, perde o medo, ele te faz perder o medo?

Ele te faz se sentir confortável, você está segura?

Se ele é o cara que te faz sorrir, é o anjo que te ilumina, o que quer o seu bem, o que quer

 você o tempo todo, o que vai cuidar de você
.
Não se pode mais perder tempo, não se pode perder.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013



Cheguei a tempo de te ver acordar
Eu vim correndo à frente do sol
Abri a porta e antes de entrar
Revi a vida inteira

Pensei em tudo que é possível falar
Que sirva apenas para nós dois
Sinais de bem, desejos vitais
Pequenos fragmentos de luz

Falar da cor dos temporais
Do céu azul, das flores de abril
Pensar além do bem e do mal
Lembrar de coisas que ninguém viu
O mundo lá sempre a rodar
E em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor,
Estrada de fazer o sonho acontecer

Pensei no tempo e era tempo demais
Você olhou sorrindo pra mim
Me acenou um beijo de paz
Virou minha cabeça

Eu simplesmente não consigo parar
Lá fora o dia já clareou
Mas se você quiser transformar
O ribeirão em braço de mar

Você vai ter que encontrar
Aonde nasce a fonte do ser
E perceber meu coração
Bater mais forte só por você
O mundo lá sempre a rodar,
E em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor,
Estrada de fazer o sonho acontecer

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Que a felicidade não dependa do tempo, nem da paisagem, 

nem da sorte, nem do dinheiro. Que ela possa vir com


toda simplicidade, de dentro para fora, de cada um para

 todos. Que as pessoas saibam falar, calar, e acima de

tudo ouvir. Que tenham amor ou então sintam falta de não 

tê-lo. Que tenham ideais e medo de perdê-lo. Que

amem ao próximo e respeitem sua dor. Para que tenhamos 


certeza de que: Ser feliz sem motivo é a mais

autêntica forma de felicidade.” 

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Somos mais do que mil somos um

Hoje acordei sem lembrar se vivi ou se sonhei
Você aqui nesse lugar que eu ainda não deixei

Por todas as vezes que você me apoiou
Por todas as verdades que você me fez ver
Por toda alegria que você trouxe para minha vida
Por todos os erros que você fez tornarem-se certos
Por todos os sonhos que você fez tornarem-se reais
Por todo amor que encontrei em você
Eu serei eternamente grata!


Você foi minha voz quando não podia falar
Você foi meus olhos quando não podia ver
Você viu o melhor que estava em mim
Me levantou quando não podia alcançar
Você me deu fé porque você acreditou
Eu sou tudo que sou
Porque você me amou

Você me deu asas e me fez voar
Você tocou minha mão, eu toquei o céu
Eu perdi minha fé, você me trouxe ela de volta
Você disse que nenhuma estrela estava fora de alcance
Você ficou do meu lado, e eu suportei
Eu tive seu amor, eu tive tudo
Eu sou grata por esses dias que você me deu
Talvez eu não saiba muito disso
Mas eu sei que isto é muito verdadeiro

sexta-feira, 11 de outubro de 2013


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Pensem nisso