Sempre que vejo uma pessoa, seja chefe ou não, atendendo alguém, checando computador, falando ao telefone, olhando o celular, me pergunto o quanto de atenção está prestando naquele que está à sua frente, falando ou contando alguma situação. É uma cena corriqueira e aparentemente normal, se entendermos que as pessoas vivem numa correria, pressionadas pelo tempo e pela pressão do trabalho. Ao mesmo tempo, isso se revela uma grande falta de respeito e de educação com o outro. Escutar é mais que ouvir . É alcançar níveis diferentes na escala de audição. É valorizar e dar significado às palavras. E precisamos entender e saber em que nível escutamos o outro. Segundo Covey temos cinco níveis de escuta: – Ignorar é o primeiro. Em muitas conversas temos a condição de ignorar o que está sendo falado e, muitas vezes, damos as costas para quem nos fala. – Escuta Falsa, é o segundo, onde apenas fingimos que escutamos, mas na realidade nada foi absorvido do que o outro falou. – Escuta Seletiva é o terceiro. Normalmente, ouvimos apenas o que queremos e o resto desprezamos porque não há interesse. – Escuta Atenta é o quarto. O ato de ouvir o outro já tem um grau e interesse elevado e a atenção fica mais concentrada, existe uma preocupação com que outro está dizendo e a eficácia da escuta é grande. – Escuta Empática é o quinto e mais completo nível, porque se reveste de uma escuta integral que tem como referencial a situação e a percepção do outro. A empatia é total e ocorre a verdadeira escuta, porque além de escutar, compreendeu o que foi verbalizado e até o que não foi dito ou estava subliminar. Nesse nível podemos dizer que há a comunicação efetiva porque houve um escutar com empatia, uma ferramenta muito poderosa que proporciona informação exata com a qual se vai trabalhar. A escuta empática significa muito mais do que registrar, repetir ou mesmo entender as palavras que estão sendo ditas. Você ouve procurando entender o significado, o sentimento; ouve para compreender. O exercício de escutar o outro de forma integral exige um despojamento de paradigmas e de um espelhamento de atitudes. É, simplesmente, escutar com os olhos e com o coração.
Por Marcos Santos
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
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